"Minha mãe vivia dizendo para não sentar no colo de homem nenhum. Achava tão desnecessário, mas hoje entendo. Ela tinha medo porque eu era apenas uma menina.
Maiorzinha, ainda criança, um garoto da classe me olhou e disse que eu tinha o rosto bonito, mas deveria esticar o cabelo para poder ficar linda.Eu acreditei porque eu era apenas uma criança, oras.
Cresci sendo chamada de morena-clara, morena-do-bundão, nêga-do-bundão, morena-do-pernão. Que eu era negra, mas tinha os traços finos. Que eu iria dar trabalho ao meu pai, que eu deveria saber dançar, que eu precisaria domar o meu cabelo. Nas brincadeiras eu era sempre empregada, secretária ou faxineira. Eu estava sendo discriminada, porque era uma menina negra."
Clica aí e continua lendo: me conta uma coisa: a história é minha, mas o machismo é de vocês.
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